Revista Conservar Património | Comunicado Junho 2020

Há um ano, sensivelmente, tomava posse uma nova Direcção da Revista Conservar Património, dando início a um novo ciclo, após um trabalho de 14 anos levado a cabo pelo Professor Doutor António João Cruz e por todos aqueles que integraram a direcção da revista e da ARP ao longo desse período.

Desde então, a actual direcção da Conservar Património em articulação com a direcção da ARP, têm levado a cabo várias iniciativas que resultaram em alterações no funcionamento da revista – tanto internamente como ao nível da gestão dos processos de submissão de artigos –, e no registo e protecção da marca Conservar Património junto das entidades competentes para o efeito.

Como forma de assinalar a data, decidiu-se detalhar algumas das principais medidas já implementadas e algumas em fase de implementação, que marcaram este primeiro ano de trabalho:

– Registo da revista na Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC). Entre os anos de 2011 e 2019 a Conservar Património exerceu a sua actividade editorial sem a devida autorização para o efeito. Após comunicação deste facto na data de 09 de Julho de 2019 pelo director cessante, a ARP e a nova direcção da Conservar Património procederam à sua regularização, que envolveu um processo demorado e com necessidade de apoio jurídico. Depois de cumpridos vários pressupostos determinados pela ERC, relacionados com o estatuto editorial da revista, entre outros, e após a publicação dos números 32 e 33, a Conservar Património passou a ter a sua situação regularizada, estando agora em conformidade com o definido pelos Decretos Regulamentares nº8/99 e nº2/2009;

– Realização de uma nova imagem gráfica para a revista. Tendo o director anterior reivindicado os direitos de imagem da publicação Conservar Património até à data de cessação das suas funções, a revista deixou de poder usar o “layout” que vinha a ser usado para a sua publicação nos últimos anos. Houve consequentemente necessidade de se realizar uma nova imagem gráfica para a revista (páginas dos artigos, capa da revista e informação editorial), tendo-se também aproveitado o momento para a realização de uma identidade/logotipo para a revista que não existia anteriormente. Para a elaboração destes foi necessária a contratualização de serviços especializados que, trabalhando em conjunto com a equipa de direcção da revista, produziram uma nova imagem gráfica que começou a ser usada a partir do número 32. Em consenso, a direcção da revista e a direcção da ARP decidiram que a nova imagem gráfica contempla estilos para uso aberto e páginas mestras cujos direitos de uso são da revista/ARP, de forma evitar situações futuras que possam comprometer a revista;

– Registo da marca no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Foi averiguada a situação da Conservar Património junto dos registos nacionais de propriedade (INPI), tendo-se verificado que a Conservar Património nunca tinha sido alvo de registo. As actuais direcções formalizaram consequentemente o pedido de registo da marca Conservar Património no INPI no início de 2020 utilizando a nova identidade/imagem gráfica desenvolvida para a revista, e definindo-se a utilização exclusiva do título para efeitos de publicação electrónica sob a forma de revista, com atribuição da sua propriedade à ARP. O pedido de registo foi publicado no Boletim da Propriedade Industrial de 26/02/2020, encontrando-se o processo em fase de conclusão;

– Criação de um email oficial da revista. Durante os 14 anos de existência a revista nunca tinha tido um email oficial, fazendo-se valer dos emails pessoais ou institucionais dos editores/directores. De forma a tornar a submissão de artigos centralizada e gerível no seio da nova direcção, foi criado um email oficial da revista, que passou a ser usado para as submissões e gestão de artigos. Dado o elevado número de artigos submetidos no último ano, encontra-se em processo de preparação uma nova plataforma de submissão e gestão de artigos, que faz uso de software de gestão que agiliza e assiste a gestão dos artigos entre editores, autores e revisores. Quando finalizada, será adotada pela revista.

– Criação de um modelo transitório para submissão de artigos e publicação de artigos no prelo. Foi criado um novo modelo (“template”) para submissão de artigos que faz uso da nova imagem da revista. Este novo modelo pretende facilitar a submissão de artigos com uma formatação coerente, tendo sido também criado no sistema de gestão bibliográfica Mendley um novo estilo, o estilo “Conservar Património”, que os autores podem usar de forma a facilitar a colocação das referências bibliográficas.

Este modelo adaptado encontra-se também a ser usado para a colocação de artigos no prelo, agilizando a mitigação dos atrasos na publicação que a revista sofreu desde o número 32 com a transição de direcções.

– Actualização da equipa editorial da revista. Encontrando-se a revista devidamente regularizada junto das entidades competentes, começou uma nova fase de atualização do corpo editorial, assim com uma reorganização interna da revista. Foram diferenciados os cargos de direcção dos cargos de editores, de forma a que, quando necessário, possam ser implementadas alterações ao corpo editorial sem que exista a necessidade de alterar a constituição da direcção da revista, registada na ERC. Começaram também a ser actualizados os corpos do concelho editorial e da comissão de redacção, com a incorporação de novas personalidades. Dado o elevado número de submissões que a revista teve neste último ano, prevê-se para breve, e aquando da implementação do novo sistema de submissão e gestão de artigos, um aumento do número de editores.

– Métricas e periocidade da revista. Em 2019 a revista conseguiu constar pela primeira vez no Q1 nas áreas da Conservação e da Museologia no índice da Scimago (cálculos referentes ao ano de 2018). No corrente ano (2020, cálculos referentes ao ano de 2019), passou novamente para a posição Q2, aquela que tem ocupado nos últimos anos. No entanto, o índice H da revista subiu de 3 para 4. Tendo em conta a actual capacidade de edição e publicação, e considerando que estes índices dependem do número de artigos publicados e de citações a artigos da revista (sendo que um aumento no número de artigos não acompanhado de citações terá um impacto negativo nos índices da revista), foi decidido manter a Conservar Património como quadrimestral. Pretende-se desta forma favorecer uma certa constância no número de artigos publicados por ano, manter uma relação equilibrada entre o número de artigos submetidos e aceites para publicação, e aumentar a visibilidade das publicações entre as comunidades nacional e internacional.

Desde a tomada de posse da nova direção que o número de submissões à Conservar Património aumentou significativamente (para cerca do dobro dos anos anteriores, excluindo os artigos para números especiais). O ano decorrido exigiu, por isso, um esforço imenso à equipa da direcção da revista, conjugando factores editoriais, de regularização da revista, da construção da nova imagem gráfica, entre outros. Queremos por isso deixar uma palavra de reconhecimento pela compreensão e colaboração que autores e outros intervenientes tiveram ao longo deste ano, devido aos vários constrangimentos que possam ter surgido no decorrer dos processos.

Continuaremos a trabalhar para que a Conservar Património se mantenha uma publicação científica de referência, a alinhar a política editorial da revista com as recomendações definidas pela COPE (Committee on Publication Ethics), e a melhorar procedimentos. Este é o nosso propósito para o futuro imediato, na certeza que a Conservar Património continuará a assumir um importante papel na divulgação da conservação e restauro, e do trabalho dos profissionais que intervêm na salvaguarda do património cultural.

Pelas direcções da ARP e Conservar Património

Rui Câmara Borges

(Presidente da ARP)

Elin Figueiredo

(Directora da Conservar Património)